Feliz Páscoa
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Porque dizemos “Feliz Páscoa”? O que é que há de feliz nela? Supostamente estamos a celebrar a morte de Cristo, que morreu de uma forma extremamente injusta e dolorosa.
A felicidade não está na morte em si, mas nos efeitos que ela tem. Os cristãos acreditam que a morte de Jesus foi um pagamento pelos nossos pecados ( Isa 53:5 ), um resgate do poder da morte ( Heb 2:14-15 ), e que traz paz com Deus ( Rom 5:10 ).
Isto são boas notícias, mas como sabemos que são verdadeiras? Como distinguimos entre uma esperança vã e a realidade? Esta pergunta leva-me ao ponto central deste artigo.
Factos Mínimos #
Há alguns dias, vi este pequeno vídeo no YouTube onde um académico que dedicou a sua carreira a investigar a ressurreição apresenta o seu argumento. Ele chama-lhe a abordagem dos “factos mínimos”. Este argumento não assume que a Bíblia é inerrante; em vez disso, foca-se apenas em factos históricos que até estudiosos cépticos aceitam. O resultado? Um caso difícil de refutar.
Usei o DeepSeek (uma IA chinesa) para transcrever e resumir os pontos principais da conversa. A transcrição pode ser consultada neste documento PDF.
1. Jesus Morreu Crucificado #
Este facto é tão sólido quanto qualquer outro na história antiga. Fontes romanas e judaicas (como Tácito e Josefo) confirmam a execução de Jesus. Mesmo estudiosos ateus (como Bart Ehrman e John Dominic Crossan) concordam — a crucificação foi uma morte brutal, pública e inegável. Sem a morte de Jesus, a ressurreição seria impossível. Por isso, é aqui que começa o argumento. Porque é que isto importa? Porque se Jesus não morreu realmente, a alegação da ressurreição desmorona. Mas as evidências são esmagadoras: Ele morreu.
2. Os Discípulos Acreditaram que Viram Jesus Ressuscitado #
Os discípulos não apenas afirmaram que Jesus lhes apareceu — arriscaram a vida por isso. Várias aparições individuais e em grupo estão registadas ( 1 Cor 15:5-8 menciona aparições a Pedro, aos Doze e até a 500 pessoas de uma vez). Até historiadores cépticos admitem que os discípulos genuinamente acreditaram que encontraram o Jesus ressuscitado. Gerd Lüdemann, um estudioso ateu, argumenta que tiveram “visões”, mas não nega a sua sinceridade. Eles não eram camponeses ingénuos. No início, eram cépticos convictos ( Lucas 24:11 ) — mas tornaram-se totalmente convencidos. O que poderia levar um grupo de homens assustados e desiludidos a arriscar tudo para proclamar um Messias ressuscitado?
3. As Suas Vidas Foram Radicalmente Transformadas #
Estes homens não apenas pregaram a ressurreição — viveram-na e morreram por ela.
Pedro, que negou Jesus por medo, mais tarde enfrentou as mesmas autoridades e declarou: “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” ( Atos 4:20 ).
Tiago, irmão de Jesus, passou de céptico ( João 7:5 ) a mártir (Josefo regista a sua execução em 62 d.C.). Tiago não era um céptico qualquer — era o próprio irmão de Jesus, que não acreditava Nele durante o Seu ministério ( Marcos 3:21 ). Contudo, após a crucificação, tornou-se líder da igreja em Jerusalém (Atos 15).
Paulo, um perseguidor violento de cristãos, tornou-se o maior missionário do cristianismo — enfrentando espancamentos, prisões e execução. Ele odiava cristãos, prendendo-os e aprovando as suas mortes ( Atos 8:1-3 ). Mas depois de afirmar ter visto Jesus ressuscitado (Atos 9), tornou-se o missionário mais apaixonado do cristianismo.
As pessoas morrem por aquilo em que acreditam — mas não por aquilo que sabem ser mentira. Se a ressurreição fosse inventada, porque morreriam os discípulos por ela?
4. A Ressurreição Foi Pregada Imediatamente #
Um dos argumentos mais fortes a favor da ressurreição é a rapidez com que foi proclamada. 1 Coríntios 15:3-7 contém um credo antigo que os estudiosos datam entre 1 a 5 anos após a crucificação. Atos 2 regista Pedro a pregar a ressurreição no Pentecostes — apenas 50 dias depois da crucificação.
Já escrevi sobre os credos do Novo Testamento, passagens que têm uma redação diferente do resto do texto. São formulações credais, construídas para facilitar a recitação e memorização. Através delas, percebemos que os primeiros cristãos, logo após a morte de Jesus, afirmavam a Sua divindade, pré-existência, morte pelos nossos pecados, sepultura e ressurreição.
Não houve tempo para o surgimento de lendas. A mensagem foi pública e imediata. Se a ressurreição fosse um mito, esperaríamos que surgisse décadas depois (como outras lendas). Mas foi proclamada imediatamente — quando ainda havia testemunhas vivas para confirmar ou desmentir.
Qual é a Melhor Explicação? #
Teorias alternativas — alucinações, conspiração, lenda — não explicam todos os factos.
Alucinações #
Alucinações são experiências normalmente individuais, mas os relatos da ressurreição descrevem aparições em grupo (por exemplo, aos Doze e a 500 pessoas de uma vez). Além disso, a diversidade das aparições (a indivíduos, grupos, cépticos como Paulo e Tiago) torna improvável a explicação por alucinação. Delírios partilhados ou histeria coletiva não explicam a natureza específica e variada desses encontros.
Conspiração #
A ideia de que os discípulos inventaram a ressurreição é implausível. As pessoas não morrem voluntariamente por algo que sabem ser falso. Os discípulos enfrentaram perseguição, prisão e morte — nada recompensador para uma conspiração.
Lenda #
As lendas levam tempo a desenvolver-se, mas a ressurreição foi pregada logo após a morte de Jesus. Os primeiros credos e proclamações públicas não deixam espaço para a evolução gradual de um mito.
Todas as teorias alternativas — alucinações, conspiração, lenda, fenómenos psicológicos — falham em explicar todos os factos. A única explicação que encaixa com todas as evidências é aquela que os discípulos deram: Jesus ressuscitou dos mortos.
O Que Isto Significa Para Ti? #
Se Jesus realmente ressuscitou:
- Ele é quem disse ser — Deus em carne.
- As Suas promessas são verdadeiras — perdão, vida eterna e propósito.
Como disse C.S. Lewis:
O cristianismo, se for falso, não tem qualquer importância, mas se for verdadeiro, tem uma importância infinita. A única coisa que não pode ser é moderadamente importante.
Compreendo que nem mesmo grandes evidências convencem automaticamente. Algumas pessoas exigem mais provas, até uma experiência espiritual pessoal. Outras têm objeções filosóficas à fé (por exemplo, “Milagres são impossíveis, por isso deve haver outra explicação, mesmo que ainda não a conheça.”). Algumas têm barreiras emocionais (por exemplo, “Se Deus existe, porque há tanto sofrimento?”).
Crer na ressurreição é necessário para o cristianismo, mas não suficiente. A fé bíblica também envolve:
- Arrependimento – afastar-se do pecado
- Confiança em Cristo – não apenas acreditar em factos
Resumindo: Submissão a Jesus
Se com a tua boca confessares: “Jesus é o Senhor”, e no teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Romans 10:9
Se estás convencido pelo argumento histórico mas ainda não pronto para o compromisso total, considera:
- Lê os Evangelhos.
- Pede a Deus: “Se existes, mostra-me.”
- Procura cristãos que não fujam a perguntas difíceis.
- Pergunta se o cristianismo explica melhor a realidade (dignidade humana, mal, esperança) do que outras alternativas.
Se me conheces e queres conversar sobre isto, contacta-me! Estou aqui!